RESUMO
Esse artigo visa demonstrar a grande importância da gestão contábil na administração das empresas e seu papel como fonte de informação para a tomada de decisão e planejamento gerencial.
Considerada um sistema de informação indispensável à gestão, a contabilidade é alimentada diariamente pelas transações realizadas na empresa, porém nem sempre a contabilidade é vista como uma ferramenta gerencial, mas como uma obrigatoriedade exigida por lei. Por isso, cabe ao contador demonstrar ao administrador que a contabilidade financeira pode se transformar em uma ferramenta gerencial, cuja principal finalidade é auxiliar os gestores no processo decisório. Em busca de um diferencial competitivo, é crescente o número de empresas que vêm investindo em meios que ofereçam informações estratégicas, a fim de possibilitar aos gestores tomadas de decisões mais seguras, e de forma proativa. Não houve intenção em esgotar o tema que é bastante polêmico e fruto de diversos assuntos acadêmicos e profissionais. O artigo foi baseado em bibliografias sobre o assunto, pesquisas na internet e conteúdos apresentados em aula.
INTRODUÇÃO
A Contabilidade é de suma importância para uma organização, digamos que é como se ela fosse a alma da empresa. Nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os atos do administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais dentro do objeto da empresa, o reflexo é uma Contabilidade transparente e eficaz. Caso contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores e contador que foram relapsos e desleixados.
No Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos administradores não se preocuparem com a Contabilidade: “a Contabilidade é que se vire”. Essa atitude custa caro: crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e administradores, pesadas multas, tributos, ingerência, concordata, falência, etc.
O grande foco ao qual repousa o presente artigo é a questão da relevância dos dados contábeis para o gestor na tomada de decisões, ele demonstrará a importância da Contabilidade financeira e gerencial na administração das empresas, e o papel do contador como principal facilitador dessa tarefa.
Serão apresentados os usuários mais frequentes da Contabilidade, as demonstrações contábeis exigidas pela Legislação e a preeminência de saber analisá-las, bem como a importância da utilização de indicadores financeiros e não financeiros. O fluxo de caixa também será citado, pois permite ao administrador planejar e controlar melhor as entradas e os gastos de sua empresa. Por fim, serão abordados de forma resumida os tipos de custeio mais utilizados pelas empresas e a necessidade de se conhecerem os custos dos produtos e serviços para melhor administrá-los, a fim de conseguir melhores resultados, esse artigo terá caráter dedutivo e descritivo.
CONTABILIDADE: DEFINIÇÕES E APLICAÇÕES
A Contabilidade pode ser definida como um sistema de registros e apuração ou medição da riqueza (LEITE, 1988). Gonçalves e Batista (1996) definem Contabilidade como "ciência que tem por objeto o estudo do Patrimônio a partir da utilização de métodos especialmente desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir, e analisar todos os fatos que afetam a situação patrimonial de uma pessoa”.
A Contabilidade está intimamente ligada às rotinas contábeis da empresa exigidas pela Legislação e muitas vezes não consegue atender às necessidades que os administradores têm por informações gerenciais. Horngren (1986, p. 23) acredita que a contabilidade não pode apenas atender às necessidades legais servindo basicamente às financeiras, pois assim sua utilidade para a administração praticamente desapareceria, pois além do dever de cumprir todas as exigências impostas pela Legislação, uma das principais tarefas do contador é facilitar a compreensão das informações contábeis aos administradores, demonstrando a importância da Contabilidade no processo decisório. Saber como melhor interpretar os resultados da empresa é um dos objetivos primordiais da Contabilidade gerencial.
Ela utiliza instrumentos para auxiliar a interpretação dos resultados levantados através da contabilidade financeira, como a análise e a interpretação das demonstrações contábeis, os indicadores financeiros e não financeiros, as ferramentas como Benchmarketing, planejamento estratégico, Balanced Scorecard, entre outros.
Oliveira (apud SANTOS, 1993, p.18) afirma que o trabalho gerencial é um processo administrativo que envolve planejamento, organização, direção e controle voltado para resultados, sendo a empresa uma organização de recursos físicos e humanos, cabe aos administradores saber gerenciar tais recursos da melhor forma possível.
Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configurar alguma fraude proveniente de má administração. Deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da empresa e para isso deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contábeis, bem assim elaborar planilhas, relatórios e composição dos saldos da contas contábeis, isto é, planilhas auxiliares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade. O Contabilista, por sua vez, deve ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no Balanço Patrimonial.
Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da empresa.