sábado, 17 de maio de 2014

ARTIGO - GESTÃO CONTÁBIL, FERRAMENTE IMPRESCINDÍVEL

RESUMO

Esse artigo visa demonstrar a grande importância da gestão contábil na administração das empresas e seu papel como fonte de informação para a tomada de decisão e planejamento gerencial.

Considerada um sistema de informação indispensável à gestão, a contabilidade é alimentada diariamente pelas transações realizadas na empresa, porém nem sempre a contabilidade é vista como uma ferramenta gerencial, mas como uma obrigatoriedade exigida por lei. Por isso, cabe ao contador demonstrar ao administrador que a contabilidade financeira pode se transformar em uma ferramenta gerencial, cuja principal finalidade é auxiliar os gestores no processo decisório. Em busca de um diferencial competitivo, é crescente o número de empresas que vêm investindo em meios que ofereçam informações estratégicas, a fim de possibilitar aos gestores tomadas de decisões mais seguras, e de forma proativa. Não houve intenção em esgotar o tema que é bastante polêmico e fruto de diversos assuntos acadêmicos e profissionais. O artigo foi baseado em bibliografias sobre o assunto, pesquisas na internet e conteúdos apresentados em aula.

INTRODUÇÃO

A Contabilidade é de suma importância para uma organização, digamos que é como se ela fosse a alma da empresa. Nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os atos do administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais dentro do objeto da empresa, o reflexo é uma Contabilidade transparente e eficaz. Caso contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores e contador que foram relapsos e desleixados.

No Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos administradores não se preocuparem com a Contabilidade: “a Contabilidade é que se vire”. Essa atitude custa caro: crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e administradores, pesadas multas, tributos, ingerência, concordata, falência, etc.

O grande foco ao qual repousa o presente artigo é a questão da relevância dos dados contábeis para o gestor na tomada de decisões, ele demonstrará a importância da Contabilidade financeira e gerencial na administração das empresas, e o papel do contador como principal facilitador dessa tarefa.

Serão apresentados os usuários mais frequentes da Contabilidade, as demonstrações contábeis exigidas pela Legislação e a preeminência de saber analisá-las, bem como a importância da utilização de indicadores financeiros e não financeiros. O fluxo de caixa também será citado, pois permite ao administrador planejar e controlar melhor as entradas e os gastos de sua empresa. Por fim, serão abordados de forma resumida os tipos de custeio mais utilizados pelas empresas e a necessidade de se conhecerem os custos dos produtos e serviços para melhor administrá-los, a fim de conseguir melhores resultados, esse artigo terá caráter dedutivo e descritivo.
CONTABILIDADE: DEFINIÇÕES E APLICAÇÕES
A Contabilidade pode ser definida como um sistema de registros e apuração ou medição da riqueza (LEITE, 1988). Gonçalves e Batista (1996) definem Contabilidade como "ciência que tem por objeto o estudo do Patrimônio a partir da utilização de métodos especialmente desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir, e analisar todos os fatos que afetam a situação patrimonial de uma pessoa”.
A Contabilidade está intimamente ligada às rotinas contábeis da empresa exigidas pela Legislação e muitas vezes não consegue atender às necessidades que os administradores têm por informações gerenciais. Horngren (1986, p. 23) acredita que a contabilidade não pode apenas atender às necessidades legais servindo basicamente às financeiras, pois assim sua utilidade para a administração praticamente desapareceria, pois além do dever de cumprir todas as exigências impostas pela Legislação, uma das principais tarefas do contador é facilitar a compreensão das informações contábeis aos administradores, demonstrando a importância da Contabilidade no processo decisório. Saber como melhor interpretar os resultados da empresa é um dos objetivos primordiais da Contabilidade gerencial.
Ela utiliza instrumentos para auxiliar a interpretação dos resultados levantados através da contabilidade financeira, como a análise e a interpretação das demonstrações contábeis, os indicadores financeiros e não financeiros, as ferramentas como Benchmarketing, planejamento estratégico, Balanced Scorecard, entre outros.
Oliveira (apud SANTOS, 1993, p.18) afirma que o trabalho gerencial é um processo administrativo que envolve planejamento, organização, direção e controle voltado para resultados, sendo a empresa uma organização de recursos físicos e humanos, cabe aos administradores saber gerenciar tais recursos da melhor forma possível.
Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configurar alguma fraude proveniente de má administração. Deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da empresa e para isso deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contábeis, bem assim elaborar planilhas, relatórios e  composição dos saldos da contas contábeis, isto é, planilhas auxiliares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade. O Contabilista, por sua vez, deve ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no Balanço Patrimonial.

Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da empresa.

Dessa forma, podemos dizer que a Contabilidade espelha realidade da empresa desobrigando os sócios, os administradores e o próprio contador de responderem com seus bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais, provando que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de poderes perante  terceiros.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

PERGUNTAS FREQUENTES


1.      POR QUE DIVERSAS EMPRESAS ACHAM A CONTABILIDADE UM “MAL NECESSÁRIO”?

Todos os negócios, independentemente do seu tamanho, necessitam de informações (dados) para a tomada de decisão.

Para agregar valor aos negócios, a Contabilidade deveria focalizar seu objetivo principal: instrumento gerencial, ou seja, fornecer, analisar e ordenar dados para a tomada de decisão.

Na verdade, há serviços contábeis com ênfase exagerada na parte burocrática: guias, folhas de pagamento, impostos, etc.

Assim, sem sempre o usuário da Contabilidade é atendido conforme suas principais necessidades decisórias; nesse caso, ela dá a falsa impressão de serviços de “despachante”.

2.       POR QUE OS PRINCÍPIOS DA ENTIDADE E CONTINUIDADE SÃO CHAMADOS DE PILARES DA CONTABILIDADE?

A Contabilidade tem um conjunto de regras, uma estrutura conceitual suportada pela Teoria da Contabilidade.

Quando pensamos em estrutura podemos raciocinar num prédio (construção, edifício) com alicerces, paredes, telhado.

A parte mais relevante do prédio é o alicerce, as colunas, os pilares, que sustentam os demais componentes da construção.

Assim, na Teoria da Contabilidade a Entidade e Continuidade representam esses pilares ou colunas. Todos demais conceitos na Contabilidade são alicerçados por esses dois princípios que a Teoria da Contabilidade chama de postulados, verdades absolutas, que não podem ser mudados.

A ideia é que as regras contábeis decorrem da pressuposição de que haja uma pessoa (empresa) para fazer a Contabilidade (entidade), podendo fazer investimentos, financiamentos, etc. (continuidade).

3.      QUAIS SÃO EXEMPLOS DE BENS INTANGÍVEIS?

Também chamado como ativo oculto, ativo invisível, incorpóreo. Além de marcas, outros exemplos são: clientela, ponto comercial, reputação/imagem de uma empresa, lealdade de clientes, estoque de conhecimentos (recursos humanos).

4.      POR QUE BALANÇO DO RESULTADO ECONÔMICO CORRESPONDE À DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO?

Grosso modo, poderíamos dizer que há duas maneiras de apurar resultado (lucro ou prejuízo):

a)      Financeira – obtida através da Demonstração dos Fluxos de Caixa (demonstração importantíssima, mas esquecida no NCC).

b)      Econômica – obtida através da Demonstração do Resultado do Exercício (considerando que há operações de Apuração de Resultado que não afetam o caixa no momento que ocorrem).

Todavia, para a classe contábil, o NCC foi infeliz em mudar a DRE com o título de Balanço do Resultado Econômico.

5.      DE QUE FORMA A TEORIA DA CONTABILIDADE CONTRIBUI PARA A CIÊNCIA CONTABILÍSTICA?

 

De três formas, de acordo com Sá (2002, p. 33):

   1 - Oferece uma compreensão melhor das práticas existentes a contadores, investidores, administradores e estudantes;

    2 - Oferece um referencial conceitual para a avaliação de práticas contábeis existentes;

    3 - Orienta o desenvolvimento de novas práticas e novos procedimentos.

 

6.      QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE - PFC?

 

i. Princípio da Entidade

ii. Princípio da Continuidade

iii. Princípio da Oportunidade

iv. Princípio do Registro pelo Valor Original

v. Princípio da Atualização Monetária

vi. Princípio da Competência

vii. Princípio da Prudência

 

7.      QUAL O PFC MAIS IMPORTANTE?

 

Nos princípios científicos jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os elementos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se colocam no início de uma dedução, e são deduzidas de outras dentro do sistema.

 

Em outras palavras, não pode haver qualquer tipo de classificação (formal) quanto ao mais ou menos importante dentre os princípios contábeis, isto porque eles fazem parte de um todo unificado, que, como um organismo, compõe-se de partes variadas que, por sua vez, têm funções específicas e interligadas entre si, sendo, portanto, indispensáveis ao perfeito funcionamento do todo (no caso, a Teoria Contábil).

 

8.      OS PFC SERVEM COMO DIRETRIZES PARA A PRÁTICA CONTÁBIL?

 

Não. Isso é característica essencial das normas – expressões de direito positivo, que a partir dos princípios, estabelecem ordenamentos sobre o “como fazer”, isto é, técnicas, procedimentos, métodos, critérios, etc., tanto nos aspectos substantivos, quanto nos formais.

 

9.      QUAL A DIFERENÇA DO REGIME DE CAIXA E DO REGIME DE COMPETÊNCIA?


REGIME DE CAIXA é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento, respectivamente, independentemente do momento em que são realizadas.
A regra geral é a seguinte:


1) A despesa só é considerada Despesa Incorrida quando for paga, independente do momento que esta foi realizada. O que considera aqui é o momento que foi paga.

2) A receita só é considerada Receita Ganha quando for recebida, independente do momento que esta foi realizada. O que considera aqui é o momento que foi recebida.

REGIME DE COMPETÊNCIA (do inglês accrual-basis) é o que apropria receitas e despesas ao período de sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.

 

10.  NO CONTEXTO DE SUA APLICAÇÃO ÀS ENTIDADES, QUAIS OS OBEJTIVOS DA CONTABILIDADE, QUANDO RELACIONADA AOS PROFISSIONAIS DA ÁREA E SEUS USUÁRIOS?

 

De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quando aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e objetivos próprios.

 

 

domingo, 11 de maio de 2014

Vídeos didáticos

Muitas pessoas tem mais facilidade em absorver as informações vendo vídeo aula, pois bem, segue abaixo, alguns vídeos bem didáticos sobre assuntos que parecem fáceis, mas muita gente tem dúvida:



sexta-feira, 2 de maio de 2014

Quem foi Luca Pacioli?

Com certeza, se você ainda não ouviu falar dele, ainda vai ouvir falar. Luca Bartolomeo de Pacioli (Sansepolcro, 1445 — Sansepolcro, 19 de junho de 1517) foi um monge franciscano e célebre matemático italiano. É considerado o pai da contabilidade moderna.

Apesar da infância pobre, foi educado pelo matemático Dominico Bragadino e tornou-se professor de matemática de uma escola local.

Em 1470, na cidade de Veneza, como tutor dos filhos de um comerciante, escreveu a sua primeira obra de matemática na área de álgebra.

Em 1475, tornou-se o primeiro professor de matemática da Universidade de Perugia.
No ano de 1494 foi publicado em Veneza sua famosa obra “Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornalità” (colecção de conhecimentos de aritmética, geometria, proporção e proporcionalidade). Pacioli tornou-se famoso devido a um capítulo deste livro que tratava sobre contabilidade: “Particulario de computies et scripturis”. Nesta secção do livro, Pacioli foi o primeiro a descrever a contabilidade de dupla entrada, conhecido como método veneziano ("el modo de Vinegia") ou ainda "método das partidas dobradas".

O livro “Summa” tornou Pacioli famoso, sendo convidado em 
1497 para ensinar matemática na corte de Ludovico em Milão. Um dos seus alunos e amigo foi Leonardo da Vinci.

Em 
1509, escreveu a sua segunda obra mais importante, De Divina Proportioni, ilustrada por da Vinci, que tratava sobre proporções artísticas.

Continuou a estudar, lecionar e escrever até sua morte no mosteiro de Sansepolcro, em 1517.

FONTE: Wikipedia.